sábado, 5 de junho de 2010

25.05.10- de Trem da Morte até a fronteira
























Esse é nosso último desafio, chegar a Santa Cruz de La Sierra e pegar o Trem da Morte para cruzar o pantanal Boliviano e chegar a fronteira Brasileira por Corumbá-MS, pesquisamos e também nos informamos com pessoas da região e realmente a estrada que vem do Brasil até Sta Cruz tem um trecho de aproximadamente 180 km que está sem pavimentação, e o pior é que é de terra muito solta e na pior parte do trajeto : a serrinha, por isso não pensamos duas vezes e continuamos com o plano de despachar as motos pelo trem de carga, mas até então ainda não sabiamos como proceder, chegamos a Santa Cruz e fomos direto pra Estação , lá é Bimodal ou seja, trem e onibus por isso não é estação ferroviária apenas, chegamos e fomos logo ao balcão de informações e compra de bilhetes, e aí nos informamos de como embarcar as motos, que era em outro local uma vez que seria despachada como carga, lá chegando fomos informados que teriamos que embalar as motos em madeira, conversando ageitamos com o rapaz e ele se prontificou em nos ajudar em troca de $200,00 bolivianos(nada é de graça por aqui... ) bem no dia seguinte conforme combinado 8 hs da manhã estavamos lá, separamos as bagagens de mão , eu e a Lê fomos comprar as nossas passagens ($115,00 bolivianos-por pessoa ,que dá por volta de R$40,00)enquanto o Marcio e o Josely ficaram resolvendo o problema da embalagem das motos, bem resumo, compramos os blhetes e ficamos das 8 ate as 10 hs para eles colocarem as motos para dentro, no muque porque não tinha rampa, e tiveram que subir as motos no braço para pesagem e despacho, o Josely estava resolvendo o problema da embalagem e o Marcio entrou para fazer a vistoria com o guarda da narcóticos, que fez o Marcio tirar tudo colocar enfileirado no chão , passou com o cão farejador, voltou novamente e revistou pacote por pacote, nisso nosso tempo foi se esgotando porque o embarque de passageiros é até as 11.30 hs o trem sai as 12 hs em ponto, conclusão o Marcio colocou as coisas nas motos e no fim apenas a moto do Josely deu tempo de ser engradada a do Marcio apenas calçaram com as madeiras e embarcaram porque não dava mais tempo, foi uma correria...para embracar as motos é pago por peso: pagamos então $200,00 bolivianos cada moto + $250,00bolivianos da madeira( que o Marcio nem usou) + $100,00 bolivianos para o rapaz, total por moto $550,00 bolivianos (aprox.R$200,00). O embarque de passageiros também é bastante controlado, vistoriam as bagagens de mãos e documentos inclusive da entrada de imigração no pais, tudo isso acompanhado por um policial Interpol. (chik né!!!)
Bem, embarcamos no trem categoria Pullmamn , acima da primeira classe... vichê... tudo muito simples, bancos rasgados, capas sujas, mas, valeu a aventura, ainda não foi dos piores... o mais engraçado é que passado uma meia hora da saida do trem começou aparecer pessoas de todos os lados, vendendo comida, bebida, agua ...revistas, roupas, relogios, até peixe inteiro assado, foi muito engraçado, no começo o pessoal tava meio assim... ,mas pra ser sincera, eu não me preocupei muito não, tratei de comprar logo um espetinho de carne com mandioca e mandei ver, e tava muito bom, daí todos perderam o receio e comeram também, afinal seria 19 horas de viagem, e a opção de alimentação era essa mesmo, ou as bolachinhas que tinhamos levado.,foi muito divertido..descobrimos com um sr. que trabalha no trem a 25 anos que a fama de trem da morte se deu por algumas razões, no inicio da decada de 70 o pessoal bebia muito e quando iam de um vagão ao outro caiam no vão e morriam, outros bebiam brigavam e jogavam o povo pela janela, além da febre amarela na época da construção... mas o mais interessante foi conhecer sobre a lenda do trem fantasma, segundo esse sr. que disse ja ter visto, o fenomemo acontece em noites nubladas e de nevoeiros por volta das 18 .30 hs aparece um trem de frente com uma luz muito forte que ultrapassa pelo trem da morte, e o outro trem aparece a meia noite, apesar de estarmos no meio do nevoeiro ainda bem que nesse dia o trem fantasma não apareceu. Chegamos a Puerto Quijarro destino final as 8,20 hs da manhã do dia seguinte , mas sem muito cansaço, e na hora de desembarcar as motos tivemos que dar mais uma gorjetinha de $40,00 bolivianos (não disse aqui tudo é bem pago...) mas valeu mesmo assim...

23.05.10 - La Paz à Cochabamba-Bolivia
















Entramos na Bolivia pela fronteira no municipio Peruano de Desaguadero, pra ser sincera, fiquei assustada com a movimentação de pessoas de um lado ao outro da fronteira com mercadorias, chegamos com as motos e pareciamos seres de outro planeta, todos nos observando, tudo muito estranho... demoramos bastante para sair do Peru e liberar a entrada na Bolivia, você percebe nitidamente algo de estranho... e depois de umas platinhas pra cá e outra pra lá e mais seis horas, seguimos para La Paz já era perto das 21 horas, mas naquele lugar da fronteira não tinha como pernoitar, fiquei com medo, porque não sabimos se quando acordassemos ainda encontrariamos as motos, lá dá a sensação de que é terra de ninguem, parece um faroeste, e muitos querem saber pra onde voce vai, quanto vale as motos... enfim, ficamos espertos, tratamos de sair logo atras de algumas vans, chegamos a La Paz as 11 horas da noite, estrada boa , a visão de La paz a noite é maravilhosa, de longe se vê um clarão alaranjado e quando se chega perto um rastro de luz encantador. No dia seguinte aproveitamos para fazer o cambio, pois não tinhamos dinheiro boliviano, pegamos um taxi e fizemos um pequeno tour no centro de La Paz, tomamos um café reforçado e por volta das 12 horas partimos pra Cochabamba, 400 km, chegamos por volta das 19 hs, estrada muito bonita subimos pela cordilheira em altura de até 5400 mts, frio e muitas curvas, cenário de filme, lindo!., em Cochabamba aproveitamos para fazer compras existe um mercado imenso que na verdade é u:conjunto de mercado que se encontra de tudo de comida , vestimentos, moveis e eletros, chamam esse local de Cantia- o maior dos mercados é o La Pampa, e realmente tudo muito , mas muito barato. No dia seguinte partiremos para Santa Cruz de La Sierra, última etapa internacional, para embarcamos no Trem da Morte que chega até a fronteira do Brasil com Corumba, na cidade de Puerto Quijarro.(600 km de estrada de ferro - 19 hs de viagem)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

20.05.10-O retorno- pelo Lago Titicaca













Cumprido nosso maior desafio , conhecer Machu Picchu, chegou a hora de iniciarmos nosso retorno, programamos retornar por Puno, para irmos margiando o lago Titicaca, rodamos até Desaguadero que é a fronteira com a Bolivia, caminho muito bonito, muitas fotos, porém a 250 km depois de sairmos de Cuzco tivemos que fazer uma parada inesperada, a moto do Josely , a falcão começou a apresentar problema na bateria, paramos na cidadezinha de Sicuani, e como que por um aviso de Deus, vimos que o pneu traseiro da Vulcan do Marcio estava na lona, com muita sorte achamos um pneu que deu para fazer uma adaptação apesar de ser um pouco mais fino, ficamos impressionados com a diferença de preço pagamos 130,00 soles, equilavente a 65,00 reais, antes de sairmos haviamos trocados os pneus e o da frente que é aproximado ao que compramos haviamos pago por volta de 350,00, e olha que estavamos em uma cidade do interior distante de tudo, fomos muito bem atendindos na concessionará da Yamaha, pessoal muito bacana, e com todo o atraso nos ajudaram a encontrar um hotel e acabamos pernoitando por lá, porque além do pneu tivemos que ajustar e concertar o cabo de freio que estava por um fio de estourar.
No dia seguinte partimos em direçao a Desaguardero 600 km até a fronteira , em companhia do Lago Titicaca, chegamos por volta das 16 hs, e demoramos 6 hrs para desenrolarmos os tramites, foi a aduana mais demorada e bagunçada.